A dengue é uma doença que não para de crescer no nosso país. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2019, houve um aumento de quase 600% nos casos, em comparação com 2018 – e, quando os perigos da dengue ameaçam nossas crianças, os problemas podem ser ainda mais graves.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é vetor de outras doenças sérias, como a zika e a chikungunya – que também seguem em franco crescimento.
Para os pais, é essencial compreender melhor essas doenças, os sintomas e as possíveis complicações, além de pensar em formas de proteger seus filhos. Quer saber mais? Continue a leitura!
Os perigos da dengue em crianças
Os especialistas alertam que a dengue, a zika e a febre chikungunya tendem a ser mais graves nas crianças, principalmente naquelas menores de 2 anos e nos recém-nascidos.
No início, pode ser difícil para os pais notarem os sintomas, que nem sempre seguem a sintomatologia clássica. Além disso, a evolução das doenças acontece em fases que não são tão bem delimitadas nas crianças como são nos adultos.
Assim, pode ser que os pais acreditem que a criança está melhorando, mas, após algum tempo, veem seu filho voltar a piorar. Assim é essencial acompanhar de perto os sintomas e ficar atento aos sinais de alerta, procurando atendimento médico sempre que notar algo diferente, impedindo que a dengue avance para estágios mais graves.
Outro ponto de atenção é que o agravamento dessas doenças nas crianças é muito mais súbito do que nos adultos que ocorre de forma gradual – e existem mais chances de desenvolvimento de quadros graves e hemorrágicos nos pequenos.
Sintomas da chikungunya
A chikungunya é uma doença infecciosa febril e tem como sintomas mais frequentes: a febre de início súbito e maior que 38,5ºC e dores intensas e inchaço das articulações também com início súbito.
Algumas crianças ainda podem apresentar lesões na pele, como as bolhas espalhadas por todo o corpo (nos adultos, é mais comum vermelhidões). Os pequenos ainda podem sofrer com comprometimento neurológico, como convulsões e meningoencefalites, além de comprometimento cardíaco.
Sintomas da dengue
No caso da dengue, a criança pode ser assintomática ou apresentar uma síndrome febril clássica com sinais e sintomas inespecíficos no começo da doença, como: fraqueza, sonolência, falta de apetite, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
Nos menores de 2 anos, o choro persistente pode indicar os sintomas clássicos da dengue como dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e dores articulares. Além de também estar presente a fraqueza e a irritabilidade. Portanto, muita atenção com os perigos da dengue em crianças!
Sintomas da zika vírus
Os sintomas da zika são mais leves, com febre, dor de cabeça, vermelhidão nos olhos, mal-estar, incômodo nas articulações e manchas vermelhas no corpo que coçam. O grande problema ocorre nas mulheres grávidas, já que os fetos podem desenvolver microcefalia.
Nas crianças, contudo, podem existir complicações mais sérias como a meningite, a encefalite e a Síndrome de Giullian-Barré que gera fraqueza progressiva nas pernas e nos braços.
Complicações das doenças
Em geral, dentro de 7 a até 10 dias, as crianças devem começar a apresentar melhoras, com completa recuperação em até 4 semanas. Mas os pais devem estar atentos aos sinais de agravamento, como:
- vômitos persistentes
- queda repentina da temperatura
- sangramentos
- agitação ou sonolência
- choro persistente
- redução da quantidade de xixi
- dificuldades de respirar
Se a criança apresentar algum desses sintomas, leve-a urgentemente ao atendimento médico.
O uso de repelentes para a proteção das crianças
Como as crianças são mais vulneráveis às doenças transmitidas pelos Aedes aegypti, é importante que os pais busquem protegê-las. Além de evitar a água parada em casa, o uso de repelentes específicos para os pequenos também é válida.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso desses produtos em casos de cidade com surtos de dengue, zika e chikungunya e também durante passeios em locais com maior presença de mosquitos, como praias, fazendas e chácaras.
Orientações sobre os perigos da dengue em crianças
Algumas orientações importantes da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre o uso de repelentes em crianças são:
- não existem estudos sobre os efeitos dos repelentes nas crianças menores de 6 meses. Caso seja necessário usar esse produto, sempre seguir a recomendação do pediatra;
- acima de 6 meses, a recomendação é usar repelentes com IR3535 que protege por cerca de 4 horas;
- nas crianças acima de 2 anos, a recomendação é usar repelentes que contêm DEET. Quanto maior a concentração dessa substância, mais longa será a duração e o efeito do produto. Porém, não devem ser usadas em concentrações maiores de 30 a 50%;
- os repelentes nunca devem ser aplicados nas mãos das crianças para que elas mesmas espalhem o produto no corpo, pois há o risco de esfregar o repelente nos olhos ou colocar a mão na boca;
- a quantidade e o intervalo de aplicação devem ser seguidos de acordo com o fabricante;
- nunca aplicar o repelente próximo à boca, nariz, olhos ou sobre machucados na pele;
- nunca permitir que a criança durma com o repelente aplicado na pele. Apesar de seguro se usado corretamente, o repelente é uma substância química e pode causar reações alérgicas ou intoxicações quando usado em excesso;
- antes de a criança ir dormir, dar um banho nela com água e sabão para retirar totalmente o repelente da pele;
- a apresentação em loção cremosa é mais segura do que a em spray e deve ser preferida para o uso em crianças.
O que mais é importante você saber sobre a proteção contra doenças transmitidas por mosquitos?
Além do repelente, não se esqueça dos outros métodos, como vestir a criança com calça e manga comprida quando ficar exposta em áreas de muitos mosquitos, preferir roupas de cores claras (atraem menos mosquitos), usar telas e mosquiteiros em janelas e berços e sempre evitar água parada em casa.
Neste conteúdo, você viu que a dengue, a chikungunya e a zika podem ser mais agressivas nos pequenos. Sendo assim, é indispensável ficar de olho nos sintomas, procurando atendimento médico sempre que eles se agravarem, o que pode ocorrer de forma súbita nas crianças.
O repelente infantil é uma boa maneira de afastar os perigos da dengue de crianças, inclusive recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas é essencial seguir algumas orientações e sempre procurar por um produto de marca confiável e desenvolvido para o uso em crianças.
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